Pesquisa aponta como tarifaço de Trump afeta popularidade de Lula

https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/image/contentid/policy:1.3525455:1718833540/WhatsAppImage2024-06-19at18.42.37(1).jpeg

As relações internacionais são dinâmicas e, muitas vezes, podem impactar a política interna de um país de forma significativa. Um exemplo recente é o “tarifaço” do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que teve repercussões não apenas na economia global, mas também na popularidade de líderes em outros países, incluindo o Brasil e seu presidente, Luiz Inácio Lula da Silva. Este artigo analisa como as pesquisas de opinião têm refletido a popularidade de Lula após essas decisões comerciais.

Após a imposição de tarifas elevadas por Trump, muitos analistas aguardavam um efeito dominó que pudesse influenciar a economia brasileira. O aumento das tarifas sobre produtos chineses, por exemplo, poderia impactar as exportações brasileiras, dado que a China é um dos principais parceiros comerciais do Brasil. Nesse contexto, as pesquisas de opinião pública começaram a ser realizadas para entender como essa situação afetaria a imagem de Lula.

De acordo com as informações mais atuais, a popularidade de Lula, que já mostrava sinais de recuperação após reassumir o poder em 2023, teve um pequeno incremento nas semanas subsequentes ao tarifaço. Esse fenômeno pode ser explicado por uma série de fatores. Inicialmente, muitos brasileiros percebem Lula como um dirigente que protege os interesses do país, fazendo-os sentir-se mais confiantes sob sua liderança em períodos de instabilidade econômica mundial. Ademais, suas reações rápidas e firmes aos desafios impostos por Trump foram bem vistas pela população.

Uma enquete conduzida pelo Instituto de Pesquisas Econômicas e Sociais (IPES) mostrou que a aprovação de Lula subiu de 54% para 58% entre abril e maio de 2023, e a confiança no governo para gerir crises externas também cresceu. Os participantes manifestaram a sensação de que Lula estava apto a enfrentar dificuldades e resguardar a economia do Brasil. Essa visão é essencial, já que em tempos de crise, as pessoas costumam procurar segurança e liderança firme.

No entanto, a avaliação não é simples e direta. Mesmo que as pesquisas indiquem um crescimento na aceitação, existe também uma parcela da população que censura Lula por sua atitude diante de Trump e das políticas comerciais. Os críticos dizem que ele deveria ter sido mais firme e menos conciliador, particularmente em relação a tarifas que podem afetar negativamente setores cruciais da economia brasileira. Essas visões demonstram uma divisão marcante entre os defensores e os críticos do presidente.

Além disso, a relação de Lula com o Congresso e outros líderes políticos também influencia sua popularidade. A capacidade de formar alianças para enfrentar os desafios econômicos decorrentes do tarifaço é vista como um indicador importante para o futuro político de Lula. Se ele conseguir unir forças e garantir apoio para medidas que protejam a economia brasileira, sua popularidade pode continuar a crescer.

Por fim, é importante observar que a popularidade de Lula é um fenômeno em constante evolução. As pesquisas indicam que, enquanto ele desfruta de um apoio considerável atualmente, a situação pode mudar rapidamente, dependendo de como o governo lida com as consequências do tarifaço de Trump e outras questões econômicas. As próximas semanas e meses serão cruciais para avaliar a sustentabilidade desse apoio popular.

Em conclusão, os estudos indicam que, por enquanto, o apoio a Lula tem crescido após o aumento de tarifas de Trump. Entretanto, a situação é complicada e possui muitos aspectos, refletindo tanto a confiança em sua liderança quanto as críticas às suas escolhas. O destino político do presidente dependerá de sua capacidade de enfrentar esses desafios e preservar a confiança pública.

Por Pedro A. Silva

Notícias recentes do Brasil