Correr para retomar uma jornada amada, antes que a demência leve tudo embora
Quando eu era criança, meu pai, que só havia saído do país algumas vezes, me contou sobre a viagem à Europa que fez com os pais quando tinha 14 anos, em 1966. Ele me contou o quanto Nonie amava as imaculadas ruas suíças e os canteiros cheios de flores; a lareira da casa na encosta, nos arredores de Lugano, onde seu pai nasceu, com nichos inteligentes de cada lado para secar roupas ou aquecer pão; a pobreza palpável da casa em Pozzuoli, uma cidade nos arredores de Nápoles, onde a tia de Nonie cobriu as paredes com jornais para aumentar…